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Ataulfo de Paiva (A. Nápoles de P.), advogado, magistrado e orador, nasceu em São João Marcos, RJ, em 1o de fevereiro de 1867, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de maio de 1955. Eleito em 9 de dezembro de 1916 para a Cadeira n. 25, na sucessão de Artur Orlando, foi recebido em 23 de maio de 1918 pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque.

Ainda estudante do primário, em Barra Mansa, redigiu A Aurora Barramansense. Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde colou grau em 1887. Foi juiz municipal em Pindamonhangaba, São Paulo. No Rio de Janeiro, ocupou os cargos de pretor, juiz do Tribunal Civil e Criminal e presidente da Corte de Apelação do então Distrito Federal. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal, presidiu o Conselho Nacional do Trabalho e representou o Brasil nos Congressos Internacionais de Assistência Pública e Privada de Paris e Milão.

Fez campanha pela sistematização das assistências pública e privada e sua aliança, sob a inspeção do Estado, encarregado oficialmente de fazer a história e estatística da assistência no Distrito Federal. Fundou a Liga Brasileira contra a Tuberculose, da qual foi presidente perpétuo, e que mais tarde foi denominada Fundação Ataulfo de Paiva. Criou o Preventório D. Amélia, em Paquetá, o primeiro do seu tipo no Brasil, e o serviço de Vacinação Antituberculosa BCG.

Foi presidente do Conselho Nacional de Serviço Social, presidente da Comissão do Livro do Mérito e presidente da Academia Brasileira de Arte. Na Academia Brasileira de Letras, foi secretário-geral, de 1920 a 1922, e presidente em 1937. Era membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileira e da Academia Fluminense de Letras.

Obras: O Brasil no Congresso Internacional de Direito; Comparado de Paris (1900); Justiça e assistência: os novos horizontes (1916); Discursos na Academia (1944); Assistência pública e privada no Rio de Janeiro; Os loucos criminosos e os criminosos loucos; Discurso no centenário do Barão de Loreto.