Gentileza Academia Brasileira de Letras www.academia.org.br
Candido Mendes (C. Antonio José Francisco M. de Almeida), professor, educador, advogado, sociólogo, cientista político e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de junho de 1928. Eleito em 24 de agosto de 1989 para a Cadeira n. 35, na sucessão de Celso Ferreira da Cunha, foi recebido em 12 de setembro de 1990, pelo acadêmico Eduardo Portella.
É filho do professor e educador Candido Mendes de Almeida Júnior e de Emília de Mello Vieira Mendes de Almeida e bisneto do jurista e senador do Império Candido Mendes de Almeida, tataraneto de Honório Hermeto Carneiro Leão - Marquês de Paraná, formado em Direito (1950), e em Filosofia (1951), pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil. Professor universitário desde 1951, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, na Faculdade de Direito Candido Mendes, na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ).
Sucedendo a seu pai, é o presidente da Sociedade Brasileira de Instrução e das
entidades por ela mantidas, entre as quais a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e a Faculdade de Direito Candido Mendes, das quais é Diretor desde 1962.
É Secretário-Geral da Comissão Brasileira Justiça e Paz; Presidente do Conselho Superior de Ciências Sociais, da UNESCO, e membro do Diretório Nacional do PSDB.
Membro fundador do IBESP e do ISEB, chefiou, sucessivamente, de 1956 a fins de 60, o Departamento de História Política. Exerceu atividades de Direção e Consultoria em entidades governamentais e de economia mista. Chefe da Assessoria Técnica da Presidência da República no Governo Jânio Quadros (1961). Fundou, com Eduardo Portella, em 1961, o Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos, tendo sido o primeiro presidente do seu Conselho Curador (1961-1966).
De 1965 a 1971 teve extensa atuação como Professor Visitante em universidades norte-americanas, entre as quais: Columbia University, em New York; University of California, em Los Angeles (UCLA); Harvard University; University of Texas; Cornell University.
Participante de reuniões internacionais, como delegado do Brasil ou convidado especial. Sua larga experiência e compreensão dos fatos socioculturais conduziram-no a postos relevantes em organismos internacionais: como membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz (1970-1980), participou do Secretariado Leigo dedicado ao estudo do tema da Justiça do Sínodo Romano (1971); vice-presidente da Pax Romana (1971); membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz da mesma entidade; delegado da Santa Sé à Conferência da UNCTAD em Santiago (1972) e em Nairobi (1976); membro do Conselho Executivo da Federação Internacional de Universidades Católicas (1973); vice-presidente da International Political Science Association (1973- 1979) e seu presidente (1979-1982); membro do Conselho Diretor do International Institute for Educational Planning (1976-1985); Presidente do International Social Science Council, órgão representativo das organizações não-governamentais de ciências sociais reconhecidas pela UNESCO (1981-1992); Curador para a América Latina da Fundação Gorbachev, Moscou (1992); membro do Conselho da Universidade das Nações Unidas (1989-1993), Tóquio; membro da Comissão Especial de Investigações da Presidência da República (1993); Presidente do Senior Board do Conselho Internacional de Ciências Sociais (1994); Presidente da Associação das Mantenedoras do Ensino Superior Privado no Rio de Janeiro (1981); Presidente da Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior Privado (1982-1992); Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Superior Privado no Rio de Janeiro (desde 1971); e é Deputado Federal do Rio de Janeiro pelo PSDB (desde 1997).
Obra - O Senador do Império Candido Mendes de Almeida (1941); Perspectiva atual da América Latina (1958); Nacionalismo e desenvolvimento (1963); Memento dos vivos (1966); Despues del populismo - Impugnación social y desarollo en America Latina (1974); Justice, faim de l'Eglise (1977); Beyond populism (1977); Mudança do século, mudança da Igreja (1978); Contestation et dévéloppement en Amérique Latine (1979); A inconfidência brasileira (1988); A democracia desperdiçada: poder e imaginário social (1992); Collor, anos luz, ano zero (1993); O vinco do recado (1996); A interpelação limite (1997).
Em colaboração:
O outro desenvolvimento (1973); Crise e mudança (1974); O legislativo e a tecnocracia (1975); Urban networks: structure and change (1977); Le mythe du dévéloppement (1977); The controls of technocracy (1978); The ecological disorder in Amazonia (1992); The ecological disorder in Amazonia - social aspects (1993); Dr. Alceu e o laicato hoje (1994); Beyond Eco 92 (1995); Cultural pluralism, identity and globalization (1996); Complexité et représentation (1997).