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Luís Edmundo (L. E. de Melo Pereira da Costa), jornalista, poeta, cronista, memorialista, teatrólogo e orador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1878, e faleceu na mesma cidade em 8 de dezembro de 1961. Eleito em 18 de maio de 1944 para a Cadeira n. 33, na sucessão de Fernando Magalhães, foi recebido em 2 de agosto de 1944, pelo acadêmico Viriato Correia.
Foram seus pais Edmundo Pereira da Costa e Maria Joana Melo Pereira da Costa. Já aos 20 anos Luís Edmundo fazia parte do grupo simbolista, tendo sido encarregado, por Cardoso Júnior, da direção da Revista Contemporânea, uma dentre as muitas publicações de vanguarda do Simbolismo brasileiro. De 1899 a 1900, trabalhou na Imprensa, de Alcindo Guanabara, passando em seguida para o Correio da Manhã, que Edmundo Bittencourt acabava de fundar. Foi, durante muitos anos, corretor de companhias francesas de navegação, tendo feito inúmeras viagens marítimas à Europa.
Publicou seu primeiro livro de versos, Nimbus, em 1899, logo seguido de Turíbulos, em 1900, e Turris eburnea, em 1902, reunindo-os, mais tarde, no volume das Poesias (1896-1907). Tornou-se um poeta muito popular. Poesias suas, como o soneto "Olhos tristes", eram declamados nos salões da época. Foi um poeta de cunho impressionista, que misturava elementos do Parnasianismo e do Simbolismo.
Luís Edmundo era um carioca apaixonado de sua cidade. Sentido que o estro poético se lhe esgotara, transferiu o lirismo e o amor ao ritmo para um prosador que se transformaria no grande cronista da cidade. O boêmio e o poeta foram substituídos pelo bibliófilo e pesquisador do passado, buscando temas para as peças de teatro que vivia a escrever. Voltou seu interesse para o século XVIII e imaginou um vasto painel do Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis. Foi a Portugal, pesquisou em arquivos, bibliotecas e conventos de província, depois à Espanha, reunindo material, inclusive iconográfico, para as obras que iria escrever. Encetou a crônica do passado, em O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis e A corte de D. João no Rio de Janeiro, e também da vida de sua cidade no tempo em que a viveu, em O Rio de Janeiro de meu tempo e nas suas Memórias.
Obras POESIA: Nimbus (1899); Turíbulos (1900); Turris eburnea (1902); Poesias (1907); Rosa dos ventos (1919); As fábulas de Trilussa (1927).
TEATRO: Marquesa de Santos, em 1 ato (1924); Dom João VI (1924); Independência (1925); L’Appel à la raison (1926).
CRÔNICA E MEMÓRIAS: O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis, 3 vols. (1938); A corte de D. João VI no Rio de Janeiro, 3 vols. (1940); O Rio de Janeiro do meu tempo (1940); Recordações do Rio antigo (1950); Memórias, 5 vols. (1958, 1962 e 1968). Algumas de suas conferências tiveram grande êxito, entre as quais: "As artes plásticas do Brasil no século XVIII"; "Danças antigas do Brasil"; "Vida e morte de José Maurício"; "A mulher brasileira no século XVIII"; "Vida boêmia no Rio de Janeiro"; "Como nasceu a imprensa do Brasil"; "Trilussa e suas fábulas"; "Aquarelas de Portugal"; "Eça de Queirós".