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Miguel Osório de Almeida, médico fisiologista, cientista, professor, autor de obra especializada e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1o de setembro de 1890, e faleceu na mesma cidade em 2 de dezembro de 1953. Eleito em 5 de setembro de 1935 para a Cadeira n. 22, na sucessão de Medeiros e Albuquerque, foi recebido em 23 de novembro de 1935, pelo acadêmico Roquette-Pinto.
Filho de Gabriel de Almeida e Carlota Cardoso Osório de Almeida, foi educado nos colégios Kopke e Alfredo Gomes. Ingressou, depois, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, pela qual se doutorou em 1911. Uma vez formado, dedicou-se à profissão, ao magistério superior e ao serviço público. Preparador de fisiologia, interno de clínica médica do prof. Miguel Couto, foi livre-docente da referida Faculdade. Entre outros cargos ocupou os de diretor do laboratório do Instituto Osvaldo Cruz, diretor do Instituto de Biologia Animal do Ministério da Agricultura, diretor-geral da Diretoria Nacional de Saúde e Assistência Médico-Social, professor da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, professor e reitor da Universidade do Distrito Federal. À medida que se tornava médico e professor de renome, escreveu trabalhos científicos que viriam a ter repercussão em vários países da Europa.
Como homem de letras, estreou em 1925, quando seu volume de ensaios Homens e coisas de ciência chamou a atenção dos intelectuais. Em 1931, publicou um segundo livro de ensaios, A vulgarização do saber. São livros que bem definem o valor excepcional de Miguel Osório de Almeida.
Pertenceu a muitos institutos científicos do Brasil e do exterior, tendo sido laureado com o Prêmio Einstein da Academia de Ciências do Brasil e com o Prêmio Sicard da Faculdade de Medicina de Paris. Participou de inúmeros congressos internacionais e foi membro da Comissão Internacional de Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. Na Academia Brasileira de Letras, exerceu os cargos de primeiro-secretário (1936), secretário-geral (1937 e 1945) e presidente (1949).
Obras: Homens e coisas de ciência (1925); A vulgarização do saber (1931); Almas sem abrigo (1933); Tratado elementar de Fisiologia (1937); Ensaios, críticas e perfis (1938); Ambiente de guerra na Europa (1943); e mais cento e sessenta memórias, notas e monografias científicas publicadas em várias línguas e em diversas revistas brasileiras, francesas, italianas, alemãs, argentinas e uruguaias.