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Murilo Melo Filho, jornalista, nasceu em Natal, RN, em 13 de outubro de 1928. Eleito em 25 de março de 1999 para a cadeira nş 20, na sucessão de Aurélio de Lyra Tavares, foi recebido em 07 de junho do mesmo ano, pelo acadêmico Arnaldo Niskier. Filho de Murilo Melo e Hermínia de Freitas Melo, casou-se em 1958 com Norma Viana Melo.

É o mais velho de uma irmandade de sete. Aos 18 anos, veio para o Rio, onde venceu concursos públicos para datilógrafo do IBGE e do Ministério da Marinha, ingressando a seguir no Correio da Noite, como repórter de polícia.

Trabalhou seguidamente na Tribuna da Imprensa, com Carlos Lacerda, no Jornal do Commercio, com Elmano Cardim, San Thiago Dantas e Assis Chateaubriand e no Estado de São Paulo, com Julio de Mesquita Filho, Rafael Corrêa de Oliveira e Prudente de Moraes Neto. Formou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro e chegou a advogar durante sete anos. Costuma dizer que quem se forma em Direito pode até advogar.

Como repórter free-lancer, entrou para Manchete, criando a seção "Posto de Escuta", que escreve até hoje. Nessa mesma época, dirigiu e apresentou na TV Rio o programa político "Congresso em Revista", que ficou no ar ininterruptamente durante sete anos.

Viveu em Brasília no atribulado quinquênio de 1960 a 1965, que testemunhou em centenas de reportagens. Construiu a sede de Bloch Editores e da Manchete na Capital Federal e foi professor de Jornalismo na Universidade de Brasília.

Sempre em missões jornalísticas, acompanhou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek a Portugal; Jânio Quadros a Cuba; João Goulart ao México e ao Chile; Ernesto Geisel à França, Inglaterra, Alemanha e Japão; João Figueiredo ao Chile, Paraguai, Argentina e França; e mais recentemente José Sarney a Portugal e aos Estados Unidos.

Foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a guerra do Vietnã em 1967 e a guerra do Camboja em 1973, tendo chegado a Saigon e Phnom-Penh, via Tóquio. Em audiências e entrevistas, esteve, entre outros, com De Gaulle, Fidel Castro, Kennedy, João XXIII, Frondizi, Eisenhower, Golda Meir, Selassié, João Paulo II, Johnson, Salazar, Hiroito,Guevara, Indira Gandhi, Sukarno, Peron, Elizabeth II, Moshé Dayan, Franco, Allende, Kruschev, Ho-Chi-Min e Anuar El-Sadat. Esteve, assim, com quase todos os grandes lideres que fizeram a História durante quatro décadas. Conhece quase o mundo todo. Foi 32 vezes à Europa, 27 aos Estados Unidos, 2 à Ásia, 4 à América do Sul e 2 à África. Lamenta apenas que só a primeira dessas viagens, no Ano Santo de 1950, tenha sido possível fazer de navio.

Viu os picos gelados de Zermat na Suíça e as planícies imensas da Califórnia nos Estados Unidos; os desertos (americanos) de Nevada e (africano) do Saara; os templos sagrados de Angfor e de Kyoto; os lugares exóticos de Bangkok e de Phnom-Penh; as geleiras de Anchorage no Pólo Ártico e as tórridas plantações de cacau na Costa do Marfim ; o frio de Leningrado e de Kiev e o calor da Galiléia e do Mar Morto; o misticismo do Vaticano e de Jerusalém; as ruas sujas do Harlem em Nova Iorque e do Cairo no Egito.

Casado com Dona Norma, tem três filhos, Nélson, Fátima e Sérgio. É oficial da reserva do CPOR e tem as Medalhas de Tamandaré, de Santos Dumont e da Ordem do Rio Branco, concedida pelo Itamarati. Foi eleito unânimemente para a Academia Norte-Riograndense de Letras, onde ocupa a Cadeira 19 e para o Pen Club do Brasil.

Em companhia de Arnaldo Niskier, Raimundo Magalhães Júnior e Joel Silveira- escreveu Cinco Dias de Junho , um livro sobre a Guerra dos Seis Dias, de Israel. Com Adonias Filho, Amando Fontes, Cassiano Ricardo, Gustavo Corção, Hélio Silva, Josué Montello, Octávio de Faria e Rachel de Queiroz, é um dos autores do livro O Assunto é Padre.

Com Carlos Lacerda, David Nasser, Edmar Morel, Francisco de Assis Barbosa, João Martins, Joel Silveira, Justino Martins, Otto Lara Resende e Samuel Wainer, escreveu um dos capítulos do livro Reportagens que Abalaram o Brasil.

Lançou O Desafio Brasileiro, seu primeiro livro sozinho, com prefácio do Ministro João Paulo dos Reis Velloso, que vendeu 80 mil exemplares em 16 edições sucessivas, ganhando com ele o Prêmio Alfred Jurzkowski, da Academia Brasileira de Letras, como "O Melhor Ensaio do Ano". A versão espanhola foi lançada em Madri, pela Editora Pomaire: "El Desafio Brasileño", com l0 mil exemplares.

Escreveu em seguida O Modelo Brasileiro, com prefácio do Professor e Ministro Mário Henrique Simonsen, que vendeu 15 mil exemplares em 3 edições e lhe granjeou o Prêmio Juca Pato, da Associação Paulista de Escritores.

Estes últimos livros permaneceram durante várias semanas como os best sellers nas livrarias do país e foram adotados na cadeira de Estudos e Problemas Brasileiros, de várias universidades, às quais o autor compareceu para debates com estudantes e professores .

Mais recentemente, em 1997, lançou o livro Testemunho Político, com prefácio do ex-presidente e senador José Sarney, e apresentações do professor Arnaldo Niskier, do escritor Carlos Heitor Cony e do acadêmico Barbosa Lima Sobrinho.

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